Poderia dar vários motivos para indicar Lendas da Paixão essa semana. Entretanto, vou citar apenas dois: o primeiro motivo é porque a estória é simplesmente comovente, e o segundo é que essa é uma das melhores oportunidades para ver Brad Pit em sua melhor forma. O personagem Tristan foi talhado para Pitt.
O filme é uma pintura emocionante. A melancolia está presente em todos os momentos do filme, mesmo naqueles momentos mais felizes. Delicado e selvagem ao mesmo tempo, não te permite desgrudar os olhos da tela.
Para mim, uma das frases mais expressivas do filme é: “Os que mais o amaram foram os que morreram primeiro.” Talvez ela explique um pouco mais da alma atormentada e fascinante de Tristan. A verdade é que você se compadece tanto com Tristan que no final você só quer poder protegê-lo do mundo.
Anthony Hopkins está ótimo no longa, e sinceramente algumas das cenas mais emocionantes são justamente as que acontecem entre pai e filhos. Julia Ormond como a jovem Susannah também é um destaque. A jovem chega noiva do mais novo dos irmãos Ludlow e logo se apaixona por Tristan, o irmão do meio, e de quebra, ainda desperta a paixão do irmão mais velho. Seus sentimentos por Tristan chegam a ser obsessivos, e Julia é fantástica dando vida a isso. Aidan Quinn reforça o elenco com sua atuação na medida.
Direção e roteiro impecáveis. As imagens escuras reforçam o clima melancólico e tenso, transformando a fotografia do filme em um show a parte. E a trilha sonora é o complemento fundamental, sem o qual o longa não seria tão bom.
A verdade é que eu chorei a primeira vez que vi o filme, logo assim que saiu em VHS. Chorei quando vi o filme pela segunda vez, já um pouco mais velha. E ainda hoje me sinto tão encantada e envolvida pelo filme que revejo da mesma forma. Se você nunca assistiu Lendas da Paixão não há mais desculpa para tal. E se você já assistiu, aproveite as férias e assista novamente. Deixe a família Ludlow entrar na sua casa e lhe fazer companhia por alguns momentos.
“Algumas pessoas ouvem suas próprias vozes interiores e vivem de acordo com o que ouvem… essas pessoas tornam-se loucas ou lendas.”
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